Sunday, December 16, 2007

Três lições de vida

Sempre esperei que as lições dos gurus de Silicon Valley fossem sobre inovação e criatividade, sobre negócio e empreendedorismo. Este discurso de Steve Jobs é tudo menos isso. São três lições de vida para quem queira ter a humildade de aprender.

A transcrição está disponível em : http://www.youtube.com/results?search_query=steve+jobs+motivational&search=Search

Sunday, November 04, 2007

Sexo na Blogosfera













Fiquei cidrado com a quantidade de blogs sobre sexo! [adicionei os links dos que mais gostei] e sobretudo com quantidade de visitas. Estou convencido que há muita malta à míngua do meu desporto favorito.

Sábado pela Tarde no Parque


2 últimos albuns que ouvi [nos antípodas um do outro]

Foo Fighters - Echoes, Silence, Patience And Grace



The Cinematic Orchestra - Ma Fleur


Friday, November 02, 2007

Little Britain



O Coração das trevas











Li sobre Conrad quando li Pérez-Reverte, no “Cemitério dos Barcos sem Nome”. Não discuto a qualidade de Pérez-Reverte. Gostei bastante deste livro. Mas gostei sobretudo da tristeza nostálgica de Coy, a mesma que acompanha os homens, pelo menos alguns deles [talvez como eu], mesmo que marinheiros sem barco, nem porto de abrigo. Fiquei intrigado no livro sobre as citações a Conrad, ele próprio um marinheiro. Foi assim que em Conrad conheci Marlow em “O Coração das Trevas”, o inspirador de Benjamin Willard em “Apocalipse Now”.

O livro é irreal na atmosfera que constrói, como se um sonho pesado se tratasse. E sobre os sonhos Marlow diz: “Até parece que estou a tentar convencer-vos de um sonho – tentativa inútil porque o relato de um sonho não transmite a sensação-sonho, aquele emaranhado de absurdos e surpresas, o desespero na angústia de sermos aprisionados, a sensação de sermos presas do inacraditável que é a verdadeira essência dos sonhos…”.

Wednesday, October 31, 2007

Volta Atrás




Continuo a reciclar o lixo. Preocupo-me com o ambiente. Mas o meu pequeno blog fica muito mais bonito com fundo branco!

Friday, October 05, 2007

05.10.2007




É 12:52. Acordei tarde hoje. Não fiz questão de acordar cedo. Sinto-me de férias. Estou a viver um dia de férias. O trabalho amontoa-se e os desafios à espera também. Quero respirar um pouco. A semana passada completei um longo ciclo da minha vida de 23 anos. Não digo importante, porque não dou tanta importância a essas coisas, digo apenas que são estritamente necessárias à nossa competitividade profissional. Foram 23 anos de aprendizagem, 11 dos quais de ensino superior especializado. Servem de alguma coisa? Hummm…, neste país fico sempre com dúvidas, com muitas dúvidas.

Tuesday, October 02, 2007

American Idol

29.04.2004




















Finalmente escrevo. Decidi o fazer porque a minha memória tem lapsos e porque, sobretudo, teimo em não apreender à custa das minhas experiências. Porque apreender é isso mesmo. Como uma vez concluí [e nisso ainda estou de acordo comigo mesmo] a maturidade não se adquire com muitas vivências, mas com aquilo [e isso é mais difícil] que conseguimos apreender com as mesmas. E nisso sou teimoso. As bases da minha estrutura emocional e social são demasiado afectadas pela excessiva incapacidade que possuo em apreender. Espero, como agora o faço enquanto escrevo, encontrar, a toda a hora enquanto penso para comigo mesmo, a insubstituível parcela ou fracção que teima em faltar para completar, com sucesso, a terrível equação que resolve a compreensão da vida, como se isso realmente existisse, como se isso fosse realmente possível. Ao longo dos últimos anos, fui acrescentando variáveis, parcelas, fazendo arredondamentos e aproximações para obter a equação perfeita. O problema não foi a satisfação que já senti no passado com o resultado alcançado do meu esforço, o problema, e esse é-o verdadeiramente grave, é, hoje, enquanto escrevo, ter a noção te ter perdido essa satisfação, ou, pior ainda, saber que quando releio na minha cabeça os parcos ensinamentos que dei a mim próprio em termos do que é a vida, estes não me terem agora para mim qualquer significado, como se tivessem sido escritos numa língua estranha, vazia de qualquer significado. Sinto-me sem valores. É esse o meu problema e acho-o terrível.

Não sei quando é que me deparei com o abismo interno que sinto dentro de mim, não sei quando foi a primeira vez que senti vertigens por olhar cá para dentro. Isso mesmo, sinto-me à beira de um abismo, sem motivos para tal. É neste momento que sinto então a inicuidade dos meus valores, daquilo que demorei tanto a construir, e que nada parecem valer neste momento. Pelo menos reconheço a falta de motivos. Talvez seja um ponto de partida. O pior é que não me sinto em condições de partir, de tentar começar de novo com uma perspectiva mais ampla e menos pesada do que aquela que me caracteriza. Parte dessa dificuldade reside no facto de a minha mente calculista e programada teimar em tentar resolver a “tal” equação antes de tentar chutar a bola para a frente. O problema está, e isso é para mim muito díficil, em não conseguir resolver a equação, e como tal, não parto para a frente. Isso seria, para mim, como tomar banho de chuveiro pela manhã e vestir-me para ir trabalhar sem tirar sequer o pijama. Sentir-me-ia desconfortável, mas muito pior do que isso e isso nada tem a ver com conforto, não compreenderia a razão dos meus problemas nem das suas soluções, o que me deixaria propenso ao mesmo erro e falta de solução. Por isso teimo em tentar resolver a equação, perceber o meu mecanismo, porque só assim, e nisso acredito, poderei estar em condições de me estruturar de apreender com a experiência. De ter maturidade.

Sempre fui instrospectivo. Sempre pensei muito para com os meus botões. Há alguns anos atrás, cheguei à conclusão [se é que alguma vez se pode concluir sobre o tema] que o segredo da vida era as pessoas. Sim, as pessoas. Somos apenas um resultado de combinações de probabilidades inerentes à genética, à causualidade, ao acaso, a tantas outras coisas. E mesmo assim, depois de muito e tanto tempo, desde que emergiu a vida neste planeta, nascemos e vivemos. O mais fantástico disso tudo é que amamos e odiamos o ser humano. Muito embora, perdamos muito tempo com o materialismo [e só se incomoda com tal quem se pode dar ao luxo de não o ser], o que realmente conta, o que realmente irá contar no final da vida, de certeza não vai ser tudo o que possuímos ou deixamos de possuir materialmente, o que realmente irá contar serão todas as pessoas que amamos que deixaremos para trás ou todas aquelas que já o fizeram connosco que durante a nossa vida se cruzaram connosco. Parece óbvio. Mais um lugar comum, mas pelo menos é uma peça da equação que tanto me satisfez por tanto tempo e que agora é apenas mais uma daquelas que nada me diz.

Estou sozinho. O relógio marca 14:10. Estou sozinho, sinto-me sozinho. Quando não me tenho a mim próprio, não consigo mesmo ter mais ninguém. Não me tenho a mim prório e por isso, nos momentos de solidão, sinto uma enorme vontade de simplesmente desaparecer. Deixar passar o tempo. Como passar o tempo fosse solução para ultrapassar o que sinto. Num local seguro, seguro aos meus olhos, ao meu passado de vida. Regressar a Portugal, porque a saudade também não ajuda e sobretudo mina-me num momento de fraqueza como este. Falar com a família, amigos, recuperar o fôlego perdido, ganhar forças para aquilo que me decidi fazer daqui para a frente. O fôlego que não consegui ganhar antes de vir para a I.. E porquê? Talvez porque sofresse por antecipação, talvez porque já tivesse em mim o germe da minha enorme confusão. Não me lembro de me sentir assim. Não sei se é esgotamento ou depressão. Tenho que me decidir ou por uma ou por outra. Não posso ter as duas. É como ser--se perneta e paralítico ao mesmo tempo. Não dá. Sinto-me vulnerável e fraco. Sem motivação sequer para levar a porra da vida para a frente. Até parece que tenho algum problema grave, que sei que não tenho.

Não telefono para casa. Nem sequer quero preocupar ningém em casa. Porque sei que toda a gente se preocuparia comigo, mas também sei que ninguém me poderia acudir. Não me sinto confortável com os amigos. Não gosto de dar parte fraca, Se calhar, porque sempre ou quase sempre demonstrei ser forte. Esta coisa de ser macho. Muito embora só tenha medo do desconhecido, sem coragem sequer para colocar um pé fora de casa. Não falo do meu quarto aqui nesta parvónia, falo, isso sim, da casa lá atrás em Portugal. Nem sequer tenho coragem de sair dela. O problema é que a mesma ficou no sítio, e o meu sítio não é esse. Só me apetece enfiar num buraco. Fiquei no escritório esta tarde. Podia ter regressado ao acampamento, ao quarto onde durmo. Tive a esperança de encontrar a A. no messenger. Sem sucesso. Mandou-me à fava? Nem por isso. Está numas termas sem mim. Custa ainda mais, sabermos que o nosso estado de espírito afecta negativamente e de forma profunda aqueles que amamos. Aconteceu isso com ela. Por isso, está melhor sem mim lá. Só nestes momentos, me dou conta do pouco que valho, das consequências que gero e da instabilidade que crio. A sinergia da desilusão alheia e o meu estado de espírito só me dá raiva. Mas mesmo assim, sinto-me como me sinto. Reagir! Fodas, dizer é fácil, faze-lo é que é fodido, porque se fosse fácil não estava aqui com estas lamechices. Não compreendi estes estados de espírito nas pessoas alheias, pareciam-me a mim que não compreendiam o óbvio. Se algum dia imaginasse que iria estar como hoje estou…

Tuesday, September 18, 2007

Arroto de prosa e poesia

Abro o computador e deparo-me com textos soltos e perdidos guardados sobre o suporte hexadecimal [ou será binário?] do sistema informático. Escrevo sem Nortes literários e sem vontades fortes de contemplações. São notas soltas de coisa alguma, muito embora o que dizem dizer e o que realmente encerram dizendo, sejam temas recorrentes da minha condição humana. Publicar aqui semelhantes textos seria um arroto de prosa e poesia de dúbia qualidade e sentido. Tenho receio, no entanto, que tudo isso venha aqui parar de outra forma, até porque naquilo que realmente nos é caro mas incerto na vida não nos questiona uma vez, mas mais vezes.

Vida

Vida perfeita de quem não sente, não ama, não vive, não troca, não partilha, não espera, não anseia, não sofre, não desespera, não questiona

vida insatisfeita de quem perfeito é.

Wednesday, September 12, 2007

9/11: um link para ler e questionar (via The Guardian, UK)





9/11 - the big cover-up? by Peter Tatchell

Even the chair of the 9/11 Commission now admits that the official evidence they were given was 'far from the truth'

http://commentisfree.guardian.co.uk/peter_tatchell/2007/09/911_the_big_coverup.html

Thursday, August 23, 2007

Ritmos de uma noite de verão 2007

Ainda que não apareçam as meninas do anúncio...

Wednesday, August 22, 2007

SPAM [Este Post tem mais de uma interpretação, ou seja, tem muitas]

Recebo há anos uma Newsletter via e-mail do Jornal Record [Record Online]. Recebo porque um dia [há anos] tive a infeliz ideia de subscrever a dita Newsletter. Continuo a receber. Continuo não obstante as minhas tentativas em abandonar tal subscrição, a ser um fiel receptor da síntese desportiva deste Jornal, muita embora as mesmas sejam [por minha vontade] classificadas de SPAM, como são classificadas quase todas as mensagens que recebo por defeito [também por minha vontade]. Não obstante tal facto, não pude deixar de me surpreender com o assunto da Newsletter de hoje do Record que acidentalmente li quando vasculhava a pasta de Junk E-mail: “Benfica fica fora do clássico - CLAQUES ACEITAM REPTO PRESIDENCIAL”. Mais à frente, acrescentava: “Pinto da Costa quer que os adeptos portistas não entoem cânticos insultuosos. O líder dos SuperDragões, Fernando Madureira, confirmou que o pedido vai ser acatado, já no domingo frente ao Sporting. “Chega de dar valor a essa equipa [Benfica], esse cântico não faz sentido quando eles não são os nossos adversários”, afirmou”.

Emoção


















No outro dia quando vi o documentário do Pinto da Costa na RTP, não deixei de sentir uma profunda emoção. Não me senti emocionado pelo conteúdo do programa em si [da emoção falo no fim]. Achei o programa absurdo não pelo ataque velado que faz ao Pinto da Costa, nem tão pouco pela forma indistinta com que ataca conjuntamente e indistintamente o FCPorto e o seu Presidente, como se fossem uma e uma só entidade. Já estou habituado a que assim seja. Achei o programa absurdo sobretudo por não considerar o exercício do contraditório, sem incluir a opinião dos directos visados na peça. Mas não é disso que quero falar. Quero falar e isso sim da emoção que senti em rever mais uma vez os golos da final da Taça dos Campeões Europeus em 1987. Ainda me recordo como se fosse hoje aquele jogo que vi quando era criança. A recordação dos golos de Madjer e Juary apanhou-me desprevenido. O apego permanente ao meu emblema e o avivar da memória daquelas imagens quase que me devolveram as lágrimas ao rosto passado 20 anos.

Friday, August 10, 2007

Sorte?
















No outro dia, em conversa com a minha namorada, disse-lhe que era um pouco ortodoxa sexualmente [o que, admito, não é nada verdade]. O propósito era duplo [e, aí sim, também admito] ambicioso: não só motivar a apimentação da nossa vida sexual, como também originar uma indagação crítica pela minha namorada:
- Que fantasia sexual gostavas tu de ter?
Vi que o efeito de sugestão sobre a alegada ortodoxia sexual serviu que nem uma luva. Não lhe respondi rapidamente. Ensaiei a resposta final, fazendo um preâmbulo sobre as vantagens de ensaiarmos uma maior diversidade de posições sexuais [de corrermos mais o Kamasutra]. A verdadeira resposta, dei-a a seguir:
- Gostava de ter fazer um ménage à trois, mas só se tu fosses uma das duas mulheres.
Tenho a noção que esta minha partilha corre um sério risco de ser encarada pelo público feminino [se é que é que posso falar de público neste blog, sem qualquer desconsideração pelas nobres pessoas que ainda não se cansaram de o ler] como um machista egoísta, mas não me importo. Afinal, a fantasia de fazer amor com duas mulheres [ou pelo menos fazer amor com uma enquanto sexo com a outra] possa ser recorrente seja entre os homens, acho que devemos, como casal, procurar o aumento do prazer numa relação. Não que essa procura signifique desrespeito pela outra pessoa. Longe disse. Não ambiciono ter duas mulheres na minha vida, mas ambiciono ter duas mulheres na cama. A reacção da minha namorada foi muito para além das minhas expectativas:
- Gostava mesmo? Se calhar não me importava, desde que ela fosse bonita e bem feita…

Poema















Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura

Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco

Mário Cesariny (9 de Agosto de 1923 - 26 de Novembro de 2006)

Férias




Estive de Férias. Pequenas mas boas. Estou de volta.

À Dragão

O meu FCPorto assumiu publicamente, pela primeira vez neste nosso país, a única posição face à medíocre qualidade da nossa transportadora aérea: a TAP. Esta coisa de TAP, cujas siglas abreviam Transportadora Aérea Nacional, não é apenas má, é muito má.

Esta coisa muito má, é infelizmente aquilo que melhor representa a qualidade média dos nossos serviços e recursos humanos e é condizente com a qualidade das práticas de gestão corrente à Portuguesa [ou será à brasileira?], exemplificadas pela facturação maravilha a 31 de Dezembro à participada Grounforce de um montante suficiente mas apenas estritamente necessário para que a nossa TAP atingisse resultados líquidos positivos [a jogada de mestre do Sr. Fernando Pinto].

O que se passou com a equipa do meu Porto, passou-se comigo não uma, não duas, não três…A adopção de Lisboa como Hub da bodega da TAP é uma verdadeira desgraça para todos que partem do Porto, preteridos que são pela escala final em Lisboa, já que para recuperarem dos atrasos recorrentes em voos internacionais com escala no Porto, é prática usual voar directamente para Lisboa.

Para sorte de todos nós, existem instituições profissionais [habituadas a ganhar] que são capazes de afirmar e tomar posições que a maioria simplesmente ignora ou parece esquecer. Este nosso nacional porrreirismo de ficarmos felizes apenas com resultados positivos [embora duvidosos e pouco sustentados] e esquecermos a falta de nível e de qualidade do respectivo serviço é o melhor exemplo da falta de ambição do nosso povo. Para mim TAP é apenas Take Another Plane.

Friday, July 27, 2007

Quem és tu

Quem és tu que assim vens pela noite adiante,
Pisando o luar branco dos caminhos,
Sob o rumor das folhas inspiradas?

A perfeição nasce do eco dos teus passos,
E a tua presença acorda a plenitude
A que as coisas tinham sido destinadas.

A história da noite é o gesto dos teus braços,
O ardor do vento a tua juventude,
E o teu andar é a beleza das estradas.


Sophia de Mello Breyner Andresen


PS: A mulher perfeita deve ser mais assim?

Tuesday, July 24, 2007

Mulher Perfeita?













Pamela Anderson à Vanity Fair Itália: “pensare non serve a niente".
Interrogo-me apenas se também passa a ferro.

Tuesday, July 17, 2007




Reedição

http://maislonge.blogspot.com/2007/02/sem-ttulo.html

O phoder das palavras

Não, não se trata de um erro tipográfico. O tipógrafo está bom e recomenda-se. O termo phoder deve-se ler foder, o sentido poder é meramente sugestivo, mas não vinculativo.

3D

A vida é feita de pessoas como tu. Vires cá parar é a prova disso. Não te limitas a ler os folhetos do Lidl ou Continente [não que eu veja mal nessa leitura, mas sim na limitação à mesma].

Tu vais mais além.

Procuras, como eu procuro, a resposta a todas as perguntas sem te preocupares verdadeiramente com a resposta. Até porque sabes, como eu sei, que as respostas se não são efémeras, são muito pouco absolutas. É o incómodo da procura que realmente nos distingue, que nos dá a dimensão da humanidade.

Normalidade





Perguntaram-me no outro dia se queria uma vida normal.
Normal? - Retorqui.
Não, não quero ser normal – respondi finalmente – Temos todos a responsabilidade de não o sermos.

km 0




Joelhada no estômago. Violenta ou inesperada? Nem sei ainda.

Razão suficiente



O tempo corre depressa. Corre depressa para todos nós. Este mundo já doente é a prova disso. Nunca, como hoje, é tão evidente a marca visível de todos nós. Temos todos a obrigação de fazer algo em sentido contrário. Achei que o meu blog, até esse, poderia dar uma contribuição. Existe uma razão fundamental: a cor de fundo do meu blog. De acordo com http://ecoiron.blogspot.com/2007/01/black-google-would-save-3000-megawatts.html, um fundo negro num ecrã de computador economiza 15 watts. Não podia deixar isto despercebido. Uma justificação ambiental de carácter energético é mais que suficiente para justificar um novo arranjo estético deste canto da blogosfera. Que assim seja.

Friday, July 13, 2007

Sucesso














O sucesso é efémero. É sobretudo fugaz e escorregadio.
Não serve um propósito, senão a razão própria de o alcançar. Depois escapa para causar o remorso de não o saber manter. Este fim-de-semana, vou estar nos antípodas do seu alcance.

Thursday, July 12, 2007

Razão de ser




















Nem sei porque mantenho eu este blog. Sou um desalinhado que facilmente se cansa da rotina dos hábitos. Nunca quis eu, e com muita razão, que este blog fosse um lugar de hábitos ou de rotinas. Nunca. Quis sempre que fosse um lugar de liberdade.

Hoje, em viagem, pensava que a minha ambição para este blog era mesmo esta, a equivalente à de um grande amor. Um grande amor é também feito de liberdade, sem prisões ou constrangimentos. Liberdade para escolher tudo de alternativo a esse amor. Liberdade essa pela qual raramente se opta. Podemos escolher hábitos ou lugares diferentes. Mas mudar de amor por opção, não se muda. Além disso, um grande amor é como um porto de abrigo, sempre sereno e pronto à nossa espera para ali cuidar o casco após as muitas vicissitudes da vida em alto mar.

Hoje, penso para comigo mesmo que vou voltar mais vezes. Tem vários fundamentos o meu pensamento, uns de carácter operacional, outros de carácter estritamente pessoal. Mas penso isso com uma total liberdade, como se de um grande amor se tratasse.

Sim

Sim, estou vivo. Estou por aqui. Acordaste-me. Obrigado.
Será que dormi demais?

Wednesday, March 21, 2007

Dia Mundial da Poesia

Hoje é o dia mundial da poesia. É o dia da poesia boa ou má, da erudita ou simples, da delicodoce ou brutal, da pueril ou adulta, da amorosa ou cruel. É o dia da poesia que nos faz e que nos move. Hoje é dia daquilo que somos e daquilo que sonhámos ser. Hoje é dia da realidade e da visão, do sonho e da ambição.

É o meu dia. É o teu dia.

Tuesday, March 20, 2007

Life on Mars?

Quando as coisas do coração
Não conseguem compreender
O que mente não faz questão
E nem tem forças pra obedecer
Quantos sonhos já destruí
E deixei escapar das mãos
Se o futuro assim permitir
Não pretendo viver em vão

Meu amor não estamos sós
Tem um mundo a esperar por nós
No infinito do céu azul
Pode ter vida em Marte

Então, vem cá me dá a sua língua
Então vem, eu quero abraçar você
Seu poder vem do sol
Minha medida
Então vem, vamos viver a vida
Então vem, senão eu vou perder quem sou
Vou querer me mudar para uma life on mars

Quando as coisas do coração
Não conseguem compreender
O que a mente não faz questão
Nem tem forças pra obedecer
Quantos sonhos já destruí
E deixei escapar das mãos
Se o futuro assim permitir
Não pretendo viver em vão

Meu amor, não estamos sós
Tem um mundo a esperar por nós
No infinito do céu azul
Pode ter vida em Marte

Então, vem cá me dá a sua língua
Então vem, senão eu vou perder quem sou
Seu poder vem do sol
Minha medida
Então vem, vamos viver a vida
Meu bem, senão eu vou perder quem sou
Vou querer me mudar para uma life on mars

Seu Jorge. Composição David Bowie

Monday, March 12, 2007

Satisfação numa perspectiva analítica

Satisfação = Resultados - Expectativas

Friday, March 09, 2007

Uma Prenda que recebi...

Have you ever watched kids
On a merry-go-round?
Or listened to the rain
Slapping on the ground?
Ever followed a butterfly's erratic flight?
Or gazed at the sun into the fading night?
You better slow down.
Don't dance so fast.
Time is short.
The music won't last.

Do you run through each day
On the fly?
When you ask How are you?
Do you hear the reply?
When the day is done
Do you lie in your bed
With the next hundred chores
Running through your head?
You'd better slow down
Don't dance so fast.
Time is short.
The music won't last.

Ever told your child,
We'll do it tomorrow?
And in your haste,
Not see his sorrow?
Ever lost touch,
Let a good friendship die
Cause you never had time
To call and say,"Hi"
You'd better slow down.
Don't dance so fast.
Time is short.
The music won't last.

When you run so fast to get somewhere
You miss half the fun of getting there.
When you worry and hurry through your day,
It is like an unopened gift....
Thrown away.
Life is not a race.
Do take it slower
Hear the music
Before the song is over.

Thursday, February 22, 2007


Plano B

Recomenda-se "JUROS SIMPLES E COMPOSTOS" (14, 21 e 28 Fev) - Plano B.
Gostei, como já houvera gostado antes deles. Bom humor.

Clássicos Globo

Encontrámo-nos como caloiros do mesmo curso que havíamos de partilhar por uns bons anos. Desde aí, partilhámos para além de muitos trabalhos de grupo [alguns com consequências nefastas], uma boa dose de situações que formaram o lastro da nossa amizade. É um bom lastro. Como bons amigos, partilhámos desde o estado alcoólico mais caótico e decadente, às discussões mais efusivas sobre qualquer tema social, político ou económico. Tivemos ainda tempo para partilhar o mesmo humor, corrosivo e verdadeiramente negro que tantas vezes nos fez chorar de tanto rir. Em jeito de muro de lamentações, confidenciei-te desde as minhas aventuras e desventuras mais recentes, às minhas dúvidas metafísicas e permanentes sobre a lógica do pensamento feminino. Em momentos de incerteza, dei-te ouvidos e aprendi, ao longo destes anos, que os amigos não precisam de estar perto para os termos verdadeiramente ao nosso lado. Que seria de nós sem os Gelados Globo?

Wednesday, February 14, 2007

Uma Foto, Uma Cidade


Férias





Precisei de férias do meu refúgio. Existem ocasiões e não são poucas em que questionamos tudo [ou serei só eu], até o meu blog, até o meu fiel blog. Questionamos a vida, o trabalho, a namorada, o futuro. Passei essa fase nos últimos tempos. Achei por isso que devia tirar férias daquilo que não me apetecia fazer. E não me apetecia partilhar, daí a minha ausência. Ainda vivo, respiro e penso. Estou de volta.

sem título

Vagueei noite fora
Sozinho à tua procura

Procurei-te
à noite nas ruas escuras
nas sombras dos pálidos candeeiros
marcados pela ferrugem e tinta pendente
por entre a solidão nocturna dos jardins
onde os arbustos parecem dormir
senti a noite húmida
senti-me sozinho

Procurei-te
no murmúrio de cafés vazios
de televisões ligadas e balcões de aço inox
na solidão de centros comerciais fervilhantes
no silêncio da minha consciência
sem te ver a ti
continuei

Procurei-te
nas melodias ao vivo
nos bares que tu também gostarias
no turbilhão de discotecas psicadélicas
bêbado de ansiedade
na neblina tabagista de casas dúbias
nos corpos em que ansiava reencontrar o teu
mas não
nunca te encontrei

Procurei-te
nas páginas soltas dos jornais
por entre as críticas de cinema
no glamour de realidades tão diferentes
nos flashes incandescentes de galas nocturnas
sem te ver e sem me ver

Dei contigo sem querer
no silêncio urbano das rodovias ao nascer do dia
no vapor matinal e ritmado das filas de trânsito
nas rádios que ouço
em todas as músicas e noticiários
na frequência que o meu ouvido não capta
tu estavas lá

Dei contigo no cais
por entre a multidão laboriosa e atarefada
que passa em sentido contrário
na azáfama do dia-a-dia
em toda a beleza que reconheço
e com que me cruzo
Dei contigo em mim
para onde quer que olhasse
tu estavas lá

comigo ao lado