Wednesday, October 11, 2006

O futuro é das mulheres

Temos que admitir que, para bem de muitos homens, a sociedade é maioritariamente machista. O homem domina, na maioria dos casos, os processos de decisão em instituições públicas ou privadas. A igualdade laboral ainda não chegou aos lugares de topo da decisão económico-financeira. As mulheres estão arredadas do poder em sociedades como a nossa.

Será para sempre? Talvez não. O peso relativo das mulheres nas áreas de formação leva a pensar que, no futuro, a vasta maioria das licenciaturas pertencerá a mulheres. De facto já pertence, mas as mulheres por tendência continuam a privilegiar os cursos de letras e algumas áreas científicas básicas. Para o aplicado e analítico estão cá os homens. Mas o peso destes diminuirá certamente, primeiro porque são insistentemente piores alunos e segundo porque a posição dominante destes na sociedade só pode evoluir por erosão da posição dominante. Veja-se os países Nórdicos. Ultraliberais em direitos e garantias das mulheres. Tão liberais que os homens foram ultrapassados socialmente por uma larga franja de mulheres que são muito mais activas, opinativas, participativas e decisivas na vida social e relacional. Aqui, as mulheres decidem em largo contraste com o Sul da Europa.

Assistimos a uma nova era. O modelo social no qual a civilização ocidental se baseia foi fortemente dominado pela figura masculina. Às mulheres foi historicamente reservado o papel da procriação [coitadas, houve tempos que até o sexo das crianças tinham que determinar], e o papel do pecado [admito que gosto bastante deste último]. No entanto, nesta nova era , o papel crescente das mulheres pode genuinamente mudar a forma social durante as próximas gerações. Resta saber se para melhor ou para pior.

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